terça-feira, outubro 16, 2012

Semana de Ciência e Tecnologia foca no crescimento sustentável

Conciliar desenvolvimento econômico à preservação do meio ambiente levanta discussões acaloradas entre empresários, pesquisadores e o poder público. O assunto está cada dia mais em voga e é o foco da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida simultaneamente em vários estados do país, de hoje (16) a domingo (21), com o tema "Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da Pobreza".

Em Goiânia, o evento é realizado na Área I da PUC, com organização da Sectec. O titular da pasta, Mauro Faiad (foto), abriu oficialmente a programação de palestras, mostras e atividades. 

Para o secretário, tal debate é de extrema importância para envolver e conscientizar o máximo de pessoas. Durante discurso, ele frisou que desde a Revolução Industrial, o modelo de crescimento econômico adotado pelas nações mais industrializadas é estritamente relacionado ao consumo de bens e de energia de origem fóssil, e que esse panorama precisa ser alterado: "Os países mais desenvolvidos são os grandes responsáveis pelo aumento do efeito estufa e das mudanças climáticas. Já está provado que não há viabilidade ambiental de se seguir essa trajetória, que implica em riscos crescentes ao planeta. É fundamental discutir novos rumos e usar a tecnologia a favor da economia verde".

Ainda durante a solenidade de abertura, houve palestra do professor doutor Ademar Ribeiro Romeiro, pesquisador de economia agrária dos recursos naturais da Unicamp. Para o estudioso do tema, o desenvolvimento deve ser articulado com base em três pilares: crescimento eficiente; igualdade social e distribuição de renda; e meio ambiente.

"É preciso mudar a consciência de que há uma contraposição entre meio ambiente e crescimento econômico. Zelar pelos bens naturais não significa atrasar ou tornar mais caro", declarou Romeiro.

Nesse sentido, Faiad afirmou que a ciência e a tecnologia podem ser grandes aliadas. "As técnicas para atividades agrícolas, por exemplo, estão sendo aprimoradas. Com emprego correto de novos métodos, é possível hoje ter maior aproveitamento e melhor utilização do solo e, dessa forma, reduzir os impactos e gerar mais renda. É vantajoso investir nisso em Goiás, que é um Estado com destaque na produção de grãos, carne e no setor sucroenergético", disse Faiad.

A pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da PUC/GO, Sandra de Faria, falou em nome da PUC, sede do evento. "O papel da universidade é pensar o lugar da ciência na vida do cidadão e trazer esse tipo de discussão. Se no século XX a ciência integrou-se à vida do cidadão, no século XXI, a ciência se torna parte das soluções dos problemas que a industrialização tem produzido. A ciência e a tecnologia podem e devem estar a serviço da vida", afirmou a pró-reitora.

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