quinta-feira, agosto 29, 2013

Saúde promove ações no Dia Nacional de Combate ao Fumo

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, nesta quinta-feira, dia 29, a Secretaria da Saúde (SES) realiza três atividades de conscientização sobre os danos à saúde provocados pelo tabagismo. Entre os principais problemas de saúde causados estão  o câncer de pulmão (com incidência de 90%), enfisema pulmonar, além de doenças respiratórias  e  de  circulação.
A psicóloga Maria Aparecida Vieira, ministra palestra Tabagismo: Artifícios para o prazer ou desprazer, na manhã desta quinta,  aos funcionários da Secretaria de Cidadania e Trabalho. Às 13 horas, uma equipe da Secretaria da Saúde promove conscientização com os alunos do Colégio Estadual Juvenal Pedroso, no Setor Oeste, em Goiânia, orientando sobre os perigos causados pelo uso dos produtos derivados do tabaco, principalmente o narguilé, bastante difundido entre os jovens.
Encerrando a programação, o toxicologista clínico Luis Augusto Perillo profere palestra às 15 horas, no Auditório Jaime Câmara do Palácio Pedro Ludovico Teixeira (PPLT), aos servidores públicos estaduais, sobre as consequências do fumo. No prédio já existe o Núcleo de Apoio ao Combate ao Tabagismo, que recebe apoio técnico da SES e atende  fumantes interessados em abandonar o vício.
Além das ações pontuais, a Secretaria presta assistência efetiva possibilitando o tratamento dos fumantes, por meio do Programa de Combate ao Tabagismo, coordenado por Selma Alves Tavares de Oliveira. O programa foi criado em 1989. “A Coordenação desenvolve atividades como acompanhamento aos 70 municípios goianos que prestam atendimento aos usuários tabagitas, atuamos na capacitação de profissionais de saúde, e dando apoio técnico, fazendo a distribuição de medicamentos”, esclarece.
Segundo ela, há também na Secretaria um atendimento destinado aos profissionais de Recursos Humanos das empresas privadas para possibilitar o tratamento dos fumantes e tornar o ambiente de trabalho 100% livre do cigarro.
Grupos de fumantes
A exemplo da metodologia utilizada pela Associação de Alcoólicos Anônimos (A.A.), que realiza reuniões periódicas com testemunhos sobre a bebida alcoólica, os inscritos no programa formam grupos de até 15 pessoas, e são acompanhados pelo período de até um ano. Nos primeiros seis meses, os encontros são semanais. “O programa consiste em duas etapas: a primeira é a abordagem cognitivo-comportamental em que ele vai ser tratado da dependência psicológica, dos condicionamentos e da associação com o cigarro. Depois vai utilizar os medicamentos fornecidos gratuitamento pelo Ministério da Saúde, caso o médico avalie que há essa necessidade. Após um ano de acompanhamento, ele está apto a sair do grupo sem correr o risco de ter uma recaída”, explica.
Enquanto a SES coordena as ações desenvolvidas  nos 70 municípios e capacita os profissionais envolvidos no programa, o papel da Secretaria Municipal de Saúde é propiciar o atendimento nas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). Em Goiânia, são mais de 40 postos. Quem pensa em largar o cigarro deve procurar a SMS e se informar  sobre a unidade mais próxima de sua casa e se há vagas nos grupos. No interior, é preciso saber se o atendimento é prestado na cidade onde mora.
As equipes multidisciplinares são formadas por psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, médicos, entre outros. Para se habilitar o profissional de saúde deve fazer o curso preconizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e ministrado pela SES. De acordo com a coordenadora do programa, os resultados são positivos. Há casos em que a taxa de cessação chega a 90%, apesar de haver ainda uma taxa significativa de abandono do programa.

terça-feira, agosto 27, 2013

Abertas inscrições para apresentações musicais do Canto da Primavera

A Secretaria da Cultura (Secult Goiás) abriu edital para seleção de 20 apresentações musicais de artistas goianos para o festival Canto da Primavera – Mostra de Música de Pirenópolis. As inscrições podem ser feitas até o dia 5 de setembro.

As inscrições são gratuitas, sem limite de idade, e abertas a músicos brasileiros, natos ou naturalizados, residentes no Estado de Goiás. O Canto de Primavera 2013 será realizado de 25 a 29 de setembro.

As bandas, artistas ou grupos musicais serão selecionados por uma curadoria especializada e as inscrições poderão ser feitas por formulário disponibilizado no site da Secult Goiás (http://www.secult.go.gov.br). A ficha de inscrição deverá ser enviada para o email: festivalcantodaprimavera@gmail.com. No formulário eletrônico o artista deverá postar links de fotos, músicas, vídeos e releases. Essa ação possibilita a economia de papel e espaço, colaborando com a preservação do meio ambiente.

No máximo, até quatro vagas serão destinadas a bandas, artistas ou grupos musicais da cidade de Pirenópolis. A curadoria ficará a cargo de cinco profissionais ligados à música. Os curadores estarão reunidos em Goiânia nos dias 10 e 11 de setembro para que o resultado seja divulgado até o dia 13 setembro.

Fila de espera por transplantes diminui em 60% em Goiás

Cinco psicólogas com especialização em psicologia hospitalar, em plantão de 24 horas, sete dias por semana. Com a força tarefa dessa equipe, a Central de Transplantes de Goiás, braço da Secretaria da Saúde, conseguiu reduzir a fila de espera por doações de córneas em quase 60%. O trabalho das profissionais envolve, principalmente, a sensibilização dos familiares do paciente falecido quanto à importância da doação.
No caso da captação das córneas, como se trata de um tecido, o globo ocular pode ser retirado até seis horas após o óbito. Isso significa que o doador não precisa ter morte encefálica, nem ter os órgãos mantidos artificialmente graças a aparelhos, como acontece com a captação de rins, pâncreas, fígado e coração. Essas condições aumentam, potencialmente, o número de possíveis doadores das córneas e justifica o foco da atuação da equipe.
Segundo a psicóloga Patrícia Vasconcelos, uma das idealizadoras do projeto, que começou em junho deste ano, os trabalhos de sensibilização tiveram uma resposta rápida e contribuíram para diminuir a fila de espera, que chegava a ter 1,4 mil pessoas, para atuais 592. O tempo aguardando a doação também caiu: de um ano e meio foi para seis meses. “Mostramos como a doação pode ajudar a melhorar a vida das outras pessoas. As famílias têm se conscientizado e entendido como é importante esse ato”.
O médico Luciano Leão é gerente da Central de Transplantes de Goiás.
O médico Luciano Leão é gerente da Central de Transplantes de Goiás. Foto: Sebastião Nogueira.
O primeiro transplante no Brasil foi realizado na década de 80. Apesar de mais de 30 anos terem se passado, muitos ainda têm dúvidas que podem dificultar a decisão pela doação, daí a importância da equipe de psicólogas para dar apoio e esclarecer o processo. 
Uma indagação comum é se o corpo do doador ficará deformado ou se o caixão terá que permanecer fechado. O gerente da Central de Transplantes, o médico Luciano Leão (foto), é categórico ao responder: “A retirada dos órgãos é como qualquer cirurgia. Há anestesia e sutura perfeita”. Ele explica que é obrigação entregar o corpo do doador restituído e em perfeito estado. Como a captação das córneas exige a retirada do globo ocular, é colocada uma prótese de silicone no local dos olhos, o que garante a aparência normal com as pálpebras fechadas.
Decisão e lei
Para uns, o fim. Para outros, o recomeço, uma nova vida. Ao longo da história da humanidade, a morte nunca deixou incólume quem fica, independente de religião, espiritualidade ou ceticismo. Onde há laços afetivos, os momentos finais não são fáceis. Entretanto, a medicina proporciona um paralelo delicado: enquanto há a despedida, pode haver também uma outra perspectiva de vida com a doação de órgãos. E a decisão de seguir em frente e ajudar ao próximo cabe aos familiares.
Por isso o trabalho intenso nos corredores e leitos dos hospitais da equipe.  “Abordamos a família numa situação difícil, estão convivendo com a perda de um ente querido e, ao mesmo tempo, solicitamos que aquela perda se transforme em vida para outro. É um ato de pura generosidade. A sociedade deve ser extremamente grata a essas pessoas”, declara Leão.
Quem deseja se tornar um doador deve sempre comunicar a vontade em vida aos parentes mais próximos, conforme orienta o médico. Ele lembra que anos atrás a opção de não doar constava no documento de identidade e, caso não houvesse o registro dessa negativa, a doação seria presumida. Essa medida caiu no ano de 2000 e, para o médico, a maneira como funciona desde então é bem melhor. “O melhor método é, realmente, conversar com a família. Se não, a doação se torna um gesto frio. Transplante é uma coisa séria, exige comprometimento, boa vontade, abnegação. A legislação brasileira é muito sensata: ela humaniza esse processo e garante privacidade ao doador”.
Ana Lúcia Amorim, da Comissão de Direito Sanitário e Direito à Saúde.
Ana Lúcia Amorim, da Comissão de Direito Sanitário e Direito à Saúde.
A presidente da comissão de Direito Sanitário e à Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Seccional Goiás, Ana Lúcia Amorim (foto) concorda com Leão: as leis são igualitárias e completas quanto ao transplante e doação. A profissional explica que “não importa se quem precisa do órgão dispõe do melhor plano de saúde ou se está interno num hospital público. Todos são iguais na fila de espera. E há, inclusive, imposição de penalidades sobre dispor de maneira onerosa de órgãos”.
Outro tópico de destaque da legislação, para a advogada, além da necessidade de autorização dos familiares, é a proibição da retirada de órgãos de indigentes. “Caso essa situação não estivesse prevista, poderia ensejar um mercado negro de órgãos e até o desaparecimento de pessoas. Se a lei for desrespeitada, há penalidade, de dois a seis anos de reclusão e, se o crime for praticado mediante promessa de recompensa, a pena pode aumentar para três a oito anos”.

Vida após o fim
Marcelo completaria 11 anos no dia 7 de dezembro do ano passado. No entanto, sua vida foi abreviada por uma irresponsabilidade alheia: na noite do dia 23 de setembro passado, um motorista alcoolizado colidiu com o carro da família, que veio passear em Goiânia e retornava à casa, em Caldas Novas. O acidente matou na hora a mãe, Telma. O pai, também chamado Marcelo, chegou a receber os primeiros socorros do resgate, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na ambulância. A irmã, Júlia, de seis anos, única sobrevivente, sofreu uma lesão na coluna, foi encaminhada ao hospital em estado grave e hoje passa por tratamento para recuperar o movimento das pernas.
Dona Léa Durães não estava no carro no momento da batida, mas não ficou ilesa. Cuidou do velório do filho e da nora, em Caldas, e também olhou os netos transferidos ao Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo).
O pequeno Marcelo foi o primeiro neto de Dona Léa. Era um garoto especial, carismático e que gostava de ajudar as pessoas, segundo as palavras doces e saudosas da avó. No primeiro dia de internação, ele foi diagnosticado com morte encefálica. Depois, outros exames constataram o fim. Ou, pelo menos, o que seria uma versão do fim. “Meu neto foi embora muito cedo, não era justo acabar a vida assim. A doação de seus órgãos foi uma maneira de perpetuá-lo. De alguma forma, uma parte dele vive em outro lugar. Ele era muito jovem para entender isso, mas, do mesmo jeito com que ele era generoso, acredito que fiz a vontade dele em ajudar ao próximo”, relata a avó.
Em meio à dor de perder parte da família, Dona Léa conta que teve forças para mudar de opinião quanto à doação, ao conversar e se informar com a equipe da Central de Transplantes. “Reconheço que antes sempre fui contrária à retirada dos órgãos. Hoje, defendo a doação de órgãos para meus amigos e familiares. É um gesto muito importante. Há duas opções: ajudar alguém que realmente precisa ou deixar o corpo debaixo da terra. Além disso, nunca sabemos o futuro. Amanhã, qualquer um pode precisar e vir a ser um receptor”, sentencia.

segunda-feira, agosto 26, 2013

Saneago alerta que estiagem pode afetar abastecimento na Grande Goiânia

O forte calor e a baixa umidade dos últimos dias têm provocado um grande aumento do consumo de água em Goiânia. Mesmo com todas as obras de ampliação e com as manobras realizadas no sistema, as unidades da Saneago estão operando com a capacidade máxima de produção para atender seus consumidores.
Segundo a Saneago, nos próximos dias, algumas regiões da Grande Goiânia podem, em determinados horários, passar por dificuldades no abastecimento de água neste período de estiagem. A empresa pede a compreensão da população e recomenda a todos que evitem desperdícios, procurem eliminar possíveis vazamentos e façam uso racional e moderado da água tratada.