sexta-feira, agosto 10, 2012

Julho registra nova queda na confiança dos empresários do comércio


O cenário econômico mundial, a queda na intenção de consumo das famílias e o avanço do endividamento do consumidor são alguns dos fatores que levaram a uma queda em julho de 5,7% em relação ao mês anterior no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), levantamento feito pela Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomercio-GO).

Em junho, o ICEC  já havia registrado um recuo de 2,4% em relação a maio. A boa notícia é que apesar da queda observada no mês passado, o índice ainda se mantém acima dos 100 pontos (118,5) que é o limite entre otimismo e pessimismo.

O pior resultado ficou por conta do Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), um dos componentes do ICEC que mede a percepção dos empresários do setor quanto às condições atuais da economia, do comércio e das empresas comerciais, que ficou em 82 pontos, recuando 11,7% na comparação com o mês de junho.

A crise na zona do Euro, a recuperação lenta dos Estados Unidos, assim como o contexto político brasileiro com julgamento do mensalão e CPMI do Cachoeira,na visão do presidente da Fecomércio-GO, José Evaristo dos Santos, contribuem para essa queda no otimismo dos empresários, o que reflete na expectativa em relação ao futuro.O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), outro componente do ICEC, teve queda de 7,5%.

Segundo o presidente da Fecomercio, há uma saturação do consumo. As ações do governo em termos de estímulo à economia têm sido pontuais e repetitivas. "A isenção do IPI sobre veículos e a linha branca é um exemplo. Não se compra dois veículos ou duas geladeiras para aproveitar a redução nos preços", comenta José Evaristo. "Outra questão que influencia na queda da expectativa é que os meses de agosto e setembro não são meses fortes para o varejo. Mesmo o Dia dos Pais está em quinto lugar em expectativa de vendas no ano", acrescenta.


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